quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Nunca mais

Quero saber se seria ou se fosse
Que entender ou entreter que não
Mas seria o fato de que talvez
Eu era ou fosse o final que inicia
Os amores que sinto mas que nunca tive.


Foi ? Se já era triste o fim
Com que belezas olhares cego
o martírio que adoça o amargo
Saboroso da boca sem paladar.


Pois belo é a imagem nula
Do beco, do selo, do sexo, do
Ao melhor porém que nao existe
Amar-te ofício que faço infeliz.


E ir-te lindo caminhante estático
beijar a boca do assombro chulo
Apaixonado, por entre nada sou
Querido no meu triste fim.


Nunca mais, não repita, digo
Nunca mais que sofro sorrindo
Sempre que tive ausência
E gritei alto no silencio incapaz
De abalar os pilares inexistentes.


Sofro! E rio da beleza que tinha
E Narciso sorri diante de si
Cambaleante fixo e humilde crença
De que escrevo torto ao além
Pensando ser em não mais tentar
Ser poeta fluente de letras analfabetas.

Um comentário: